Enfermeira não consegue vaga no hospital onde trabalha e morre de Covid-19

A técnica de enfermagem Anita de Souza Vianna, de 63 anos, atuava na linha de frente do combate à Covid-19 em um hospital do Rio. Mas, ao adoecer, a unidade não ofereceu nem mesmo um teste rápido para a profissional, que acabou morrendo dias depois em um hospital de Volta Redonda

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Fontes: Cofen e G1

Volta Redonda

A técnica de enfermagem Anita de Souza Vianna, de 63 anos, morreu no dia 16 de abril em decorrência da Covid-19. Ela trabalhava na linha de frente do combate ao novo coronavírus, no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, no Rio de Janeiro (RJ).

Após não conseguir um leito onde trabalhava, foi transferida para o Hospital Estadual Zilda Arns, na cidade de Volta Redonda, onde ficou internada por quatro dias. Mas não resistiu, deixando três filhas e o marido.

A profissional começou a passar mal quando estava trabalhando no Ronaldo Gazolla. Familiares afirmaram que ela foi mandada para casa com um atestado de sete dias e não passou por um dos testes rápidos oferecidos na unidade.

Ela só conseguiu fazer o teste na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bangu, na Zona Oeste do Rio, que deu positivo. Os sintomas eram tão graves que ela foi entubada.

Ela foi transferida para o Hospital Zilda Arns, em Volta Redonda. Ela não conseguiu vaga na unidade onde trabalhava. Familiares contaram que tiveram dificuldades para obter informações sobre o estado de saúde de Anita.

No dia 17 de abril, um dia após o óbito, uma das filhas da técnica publicou em suas redes sociais uma foto da mãe sorrindo, com a seguinte legenda: “É assim que vou lembrar de você…sempre com esse sorriso encantador. Mãe, para sempre vou te amar”. No dia seguinte, compartilhou uma imagem com os dizeres “A ignorância dura até você perder um familiar. Fica em casa. Mantenha o distanciamento social”.