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Júri absolve PM, mas outros dois pegam 75 anos por mortes

Júri absolve PM, mas outros dois pegam 75 anos por mortes

Jonathan Teodoro de Carvalho foi absolvido pelo Tribunal do Júri em julgamento que durou quase 40 horas

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Por Folhamax

O Conselho de Sentença do julgamento de três policiais militares que fariam parte de um grupo de extermínio dentro da PM, na região metropolitana de Cuiabá, absolveu o soldado PM Jonathan Teodoro de Carvalho. Ele foi acusado de ser um dos responsáveis pela morte de pelo menos 4 pessoas. O Tribunal do Júri, presidido pelo juiz Flávio Miraglia, durou quase 40 horas, encerrando-se às 22h30 da última quarta-feira (3).

A mesma sorte, porém, não sorriu para outros dois policiais militares. José Edmilson Pires dos Santos e Helbert de França Silva foram condenados, cada um, a 75 anos de prisão pelo homicídio qualificado de 4 pessoas – Alan Chagas da Silva, Marcio Melo de Souza, Wellington Ormond Pereira e Vinicius Silva Miranda. O regime de prisão inicial será o fechado.

De acordo com a ata do julgamento disponível na consulta ao processo do Poder Judiciário Estadual (TJ-MT), o próprio MP-MT pediu a absolvição de Jonathan Teodoro de Carvalho por “insuficiência probatória” (falta de provas). O Conselho de Sentença foi formado por 7 jurados, escolhidos por sorteio.

O trio de policiais foi preso em razão de uma chacina ocorrida em Várzea Grande, na Região Metropolitana, no ano de 2013, e também foram alvos da operação “Mercenários”. Jonathan Teodoro de Carvalho ficou 2 anos e 7 meses preventivamente.

MAIS CONDENAÇÃO

Helbert de França Silva e José Edmilson Pires dos Santos já haviam sido condenados 30 anos de prisão cada um, igualmente pelo Conselho de Sentença, no dia 11 de junho deste ano.

De acordo com informações do MP-MT, os crimes pelos quais os réus foram julgados foram praticados em março de 2016 de forma altamente premeditada em concurso de agentes e com a utilização de pistola .380 – inclusive com utilização de silenciador. Consta na denúncia, que as vítimas estavam voltando de uma festa e foram atacadas repentinamente quando já se encontravam na frente da sua residência, tentando abrir o portão, o que reduziu as suas chances de defesa.

Os sentenciados José Edmilson e Helbert de França Silva respondem a mais quatro ações penais (incluindo a chacina de 2013 em Várzea Grande), todas pela prática de crimes dolosos contra vida, praticados por motivação e circunstâncias semelhantes ao caso que foi julgado. Eles estão presos e não poderão recorrer da sentença em liberdade.

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