Mendes defende corte de privilégios de barões do agro; 'choram muito'
Durante a entrevista, Mendes recordou que nos primeiros anos de gestão chegou a ser vaiado por produtores rurais em Sorriso (420 km de Cuiabá), cidade que é considerada um dos polos do agronegócio no norte mato-grossense.
Por Allan Mesquita/ GD
Mayke Toscano/Secom-MT
O governador Mauro Mendes (União) defendeu o corte de alguns privilégios e subsídios do agronegócio para diminuir o déficit público do país, que fechou em mais de R$ 230 bilhões em 2023. Durante entrevista ao programa Direto Ao Ponto (Jovem Pan News), o chefe do Executivo afirmou que empresários do setor “choram muito” e precisam contribuir.
“Tem empresário que, com todo respeito, 'chora pra burro', vive chorando. Todo mundo tem que dar sua contribuição. O agro tem que dar e está dando. Se tivermos um Estado saudável, que investe e responde suas obrigações, a sociedade e ao setor empresarial, todo mundo vai sair ganhado”, disse na última segunda-feira (2).
Durante a entrevista, Mendes recordou que nos primeiros anos de gestão chegou a ser vaiado por produtores rurais em Sorriso (420 km de Cuiabá), cidade que é considerada um dos polos do agronegócio no norte mato-grossense.
Na ocasião, a vaia se deu diante da indignação do setor com a aprovação da segunda edição do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), que aumentou em 30% do valor do imposto arrecadado no setor produtivo. Apesar dos desgastes, Mendes garante que o clima de hostilidade por conta da medida foi amenizado.
“Fui vaiado calorosamente pelo pessoal do agro porque coloquei eles para pagar impostos em um fundo que nós temos, chamado Fethab. O pessoal ficou louco comigo no começo. Apanhei muito, mas depois dei o resultado para ele em estradas, pontes, aeroportos sendo asfaltados com o próprio dinheiro deles”, acrescentou.