Menina pede para morrer após ser estuprada por primo: ‘Quero morar no céu’
Data de Publicação: 20 de julho de 2019 01:04:00 Pai de suspeito afirmou aos policiais que acredita que filho tenha cometido o crime, pois já havia violentado uma criança de 8 anos, neta de sua madrasta.
POR G1
“Estou cansada dessa vida e quero ir morar no céu com Deus”. Esse foi o desabafo feito pela menina de quatro anos violentada sexualmente pelo primo, de 32, em Cubatão (SP). A comerciante Idamari da Silva, de 27 anos, relatou que dias após ser vítima de estupro, a filha começou a cortar o próprio cabelo e não queria mais utilizar vestimentas femininas.
De acordo com a mãe da criança, o crime já vinha acontecendo há cerca de cinco meses. Em uma das vezes, o ataque ocorreu na casa em que a comerciante mora com a filha, no bairro Vila Esperança. O agressor é primo da mulher e vizinho da família. A suspeita é de que o abuso tenha acontecido quando a comerciante foi pagar uma conta e deixou a criança com o suspeito.
A menina agora passa por acompanhamento psicológico para tentar se recuperar do trauma, conforme relata Idamari. “Quando ela me falou que queria morrer foi muito difícil. Fiquei muito mal, não sabia como reagir e por onde começar. Eu nunca pensei que ele fosse capaz de fazer isso, era como um irmão. Ela era ameaçada de morte para não contar. Quero justiça”, desabafa a mãe.
Abuso
Conforme registrado no boletim de ocorrência, o próprio pai do suspeito relatou que acredita que ele tenha cometido o crime. Ele afirmou que o filho já havia violentado sexualmente uma menina de oito anos, neta da madrasta.
De acordo com a psicóloga Márcia Atik, em casos de abuso sexual a vítima sempre apresenta mudanças radicais comportamentais. “Qualquer mudança de comportamento de uma criança deve ser investigada, porque é um indicativo de agressão”, diz.
A especialista ainda acrescenta que, em casos como esse, é comum que a criança desenvolva novos medos. “Pode também acontecer da vítima voltar a fazer xixi na cama, por se tratar de um processo de regressão”, explica.
O caso.
Idamari havia deixado a filha brincando no quintal de casa, acompanhada pela prima, enquanto saia para pagar uma conta. Ao retornar, a mãe afirma que achou estranho encontrar o imóvel com as janelas e a porta da frente fechadas e a filha deitada e enrolada em um lençol.
Dias depois, a criança teve sangramento nas partes íntimas e contou para a mãe que o primo havia pedido que ela tirasse a roupa, estuprando-a em seguida. A menina tentou evitar as agressões ao se enrolar em um lençol, mas ainda assim foi violentada pelo familiar.
Após a criança relatar o crime sexual, a mãe questionou o agressor a respeito das acusações. Ele negou e afirmou que havia ido a Minas Gerais trabalhar. Dias depois, o primo chegou a entrar em contato com Idamari através de mensagens de textos. Em um dos registros, o suspeito pede que as queixas sejam retiradas e oferece uma casa e um terreno em troca.
O homem ainda não foi preso e a mãe também reclama na demora para resolução do caso. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirma que o caso é investigado por meio de inquérito policial instaurado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Cubatão. O trabalho de investigação está em andamento e segue em sigilo policial.
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