Por Semana7/Ronan de Sá

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O vereador por Barra do Garças, Paulo César Raye de Aguiar, (Pros), foi condenado pela Justiça de Mato Grosso a pagar indenização de 15 mil reais a Neander Brito Rodrigues, depois de acusá-lo de ter roubado uma corrente de ouro do interior de bolsa feminina. A sentença foi proferida pelo Juizado Especial Cível e Criminal de Barra do Garças em 2 de abril deste ano.  

A acusação, agressões, socos e empurrões aconteceram em 22 de março de 2018 (vídeo), conforme relatado no boletim de ocorrência. À época, Neander Rodrigues trabalhava como frentista no Auto Posto Rodocar II e quando encontrou a bolsa feminina no pátio daquele estabelecimento levou ao conhecimento de seu gerente, Antônio José, onde segundo disse [boletim] constataram que havia objetos de maquiagem e documentos. Como a empresa não dotava de um setor de achados, Neander ficou encarregado de devolver a bolsa assim a que a dona a procurasse.  

No dia seguinte (23) por volta das 16h, a moça, que não teve seu nome revelado apareceu no posto à procura da bolsa, quando teria dito ao gerente da empresa, que uma corrente de ouro havia sumido do recipiente da bolsa. Naquele mesmo dia, por volta das 21h, Paulo Raye e seu cunhado, Fernando Avelar Carvalho Marçal e um policial militar (não identificado) foram ao posto de combustível para cobrar e, segundo Neander, ameaça-lo pelo furto da suposta corrente, conforme consta no Termo de Declaração ao delegado de Polícia Civil, Heródoto Souza Fontelene.  

Paulo Raye fez pesadas acusações ao frentista: “você é ladrão e vai dar conta da corrente”, enquanto seu cunhado (Fernando Raye) que inclusive adotou o sobrenome do vereador e médico, o teria ameaçado de morte: “eu vou te matar, de hoje você não passa!”. Por ter sofrido danos morais e calúnia, Neander entrou com uma representação na Justiça para resguardar seu direito.

Sua defesa cita na petição inicial que durante as agressões Paulo Raye, depois de receber uma ligação desistiu de registrar boletim de ocorrência.   Contudo, meses depois do ocorrido o frentista foi demitido do Rodocar II sem justa causa. “Após as acusações que sofri, minha situação ficou um tanto desconfortável porque logo deram baixar em minha carteira de trabalho”, disse ele.  

Por telefone com Paulo Raye disse que não estava ciente da decisão, que iria falar com seu advogado e entraria em contato com a reportagem.  

Seu cunhado Fernando Raye que aparece no vídeo desferindo um soco no frentista não atendeu nossa ligação.