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Polícia Federal prende Marcelo Cupim, investigado por ser chefe do jogo do bicho na Zona Norte do Rio

Polícia Federal prende Marcelo Cupim, investigado por ser chefe do jogo do bicho na Zona Norte do Rio

Ele foi preso ao levar a filha à escola na Barra da Tijuca

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Por Vera Araújo — Rio de Janeiro

 

 

A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira Marcelo Simões Mesqueu, o Marcelo Cupim, investigado por ser o chefe o jogo do bicho na Zona Norte do Rio. Ele estava foragido há um ano e foi encontrado ao deixar sua filha em uma escola particular da Barra da Tijuca.

Policiais federais da Delegacia de Repressão a Drogas (DRE) e do Grupo de Investigações Sensíveis (GISE), receberam informações de inteligência do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecos) do Ministério Público do Rio e efetuaram a prisão de Cupim. Ele foi denunciado pelo crimes de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro obtidos com a exploração de jogos de azar.

A investigação apura crimes praticados por contraventores que exploram jogos de azar, após receberem informações sobre bingo clandestino que funcionaria em Copacabana com a permissão de policiais militares.

Operação fim da linha

Marcelo Cupim foi denunciado pela Operação Fim da Linha do Ministério Público do Rio. Além dele, outro alvo foi o bicheiro Bernardo Bello. Na época, a operação encontrou R$ 435 mil em espécie na casa do sargento da PM Alexandre Ribeiro da Silva, que foi denunciado como integrante da organização.Um dos endereços dos 57 mandados de busca e apreensão autorizados na época pela Justiça foi a residência do coronel Rogério Figueredo de Lacerda, ex-secretário estadual de Polícia Militar.

Os 23 denunciados na operação Fim de Linha foram divididos em três núcleos: o Bingo Cascadura, quadrilha chefiada por Marcelo Simões Mesqueu, o Marcelo Cupim; o Bingo Olímpico, comandado por Bernardo Bello; e o Saens Pena. De acordo com o Gaeco, essas organizações, para manter a exploração de jogos de azar, usam de diferentes modos de fraudar os resultados dos jogos, corrompem policiais civis e militares, ocultam e dissimulam a natureza, origem, localização e movimentação de propriedades ou valores, e ainda se valem de violência, inclusive assassinando pessoas, sempre que preciso.

O marco inicial da investigação foi um relatório, produzido pelo Setor de Análise de Dados do Gaeco, a respeito da atuação de Talles Xavier. Ele é acusado de ser o responsável pela gráfica que confeccionaria as cartelas para bingos ilegais explorados por organizações criminosas no Rio. A análise da caixa de e-mails de Talles permitiu concluir que ele, além de confeccionar as cartelas utilizadas em bingos espalhados pelo estado , atua como intermediário entre os contraventores e outros integrantes do chamado núcleo gráfico das organizações.

 

 

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