Virginia Mendes defende prisão perpétua para feminicidas e cobra mudanças na legislação
A cobrança veio após o assassinato de uma mulher pelo ex-companheiro em Lucas do Rio Verde
Por o Documento
A primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, fez um apelo por meio de um post no Instagram, na terça-feira (16) para a criação da pena de prisão perpétua destinada a criminosos que cometem feminicídios no Brasil. A declaração ocorreu em resposta ao brutal assassinato de Francisca Alves Nascimento, de 35 anos, que foi atacada na segunda-feira (15), a golpes de faca, no meio da rua, em Lucas do Rio Verde
“Outro caso de feminicídio. Quantas mulheres precisarão perder a vida? Onde estão as mudanças na legislação? Onde estão os representantes no Congresso? Meu coração se entristece a cada notícia como essa”, escreveu Virginia Mendes.
Francisca foi assassinada em frente à rodoviária da cidade, e o responsável pelo crime é seu ex-companheiro, Marcelo Ochoa de Freitas, que foi detido em flagrante. O feminicídio foi registrado por meio de câmeras de segurança, que ainda mostraram que várias pessoas passaram pelo local, mas ninguém a ajudou.
De acordo com a primeira-dama, essa tragédia poderia ter sido evitada, pois Francisca havia registrado dois boletins de ocorrência contra o agressor após diversas violências no ano passado. O relacionamento dos dois era marcado por episódios de violência desde o início, conforme a Polícia Civil.
“Até quando continuaremos testemunhando crimes como esse sem medidas efetivas?”, questionou Virginia Mendes. Para ela, uma legislação mais rigorosa pode impedir a ocorrência de crimes de feminicídio, fazendo com que os criminosos temam as punições.
“Não é aceitável. Se a relação não prospera e prejudica as pessoas envolvidas, o ideal é encerrar. Ontem, esse criminoso tirou a vida de sua ex-esposa; com leis frouxas, ele logo estará em liberdade. Quem será a próxima vítima? Reforço a necessidade de uma lei que verdadeiramente faça os criminosos temerem a justiça. Só vejo uma solução com a prisão perpétua”, afirmou.
“Até quando os filhos terão que perder suas mães; as mães, suas filhas, para casos tão cruéis como esses que lemos diariamente nos noticiários, não apenas em Mato Grosso, mas em todo o país. Como mãe e mulher, sinto-me indignada”, concluiu a primeira-dama do estado.