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causar grande revolta popular, diz The Guardian; veja repercussão

causar grande revolta popular, diz The Guardian; veja repercussão

Jornal britânico destaca que saída de Mandetta vem ‘após um embate de semanas entre Bolsonaro e ex-ministro’; argentino Clarín diz que decisão ‘envolve enormes riscos sanitários’

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REDAÇÃO OPERA MUNDI

São Paulo (Brasil)
 

 

A demissão do ministro da Saúde brasileiro, Henrique Mandetta, anunciada na tarde desta quinta-feira (16/04) pelo agora ex-titular da pasta, ganhou destaque na imprensa internacional. Para o jornal britânico The Guardian, a decisão do presidente Jair Bolsonaro pode causar uma revolta da população.

Citando uma pesquisa que mostrava mais apoio a Mandetta do que ao próprio presidente, o periódico afirma que a demissão do ministro "tem potencial para causar uma grande revolta popular".

Guardian destaca que a saída de Mandetta vem "após um embate de semanas entre os dois [Bolsonaro e Mandetta] sobre visões radicalmente diferentes sobre a pandemia do novo coronavírus" e lembra que enquanto o ministro defendia o isolamento social, o presidente tentava minimizar os riscos da crise e incentivava protestos em muitas cidades.

Já o argentino Clarín afirma que a demissão "já era esperada, mas envolve enormes riscos sanitários e políticos, já que se espera que o país entre em breve no momento mais agudo da pandemia".

O periódico também lembra dos diversos "choques" que o titular da Saúde vinha mantendo com Bolsonaro e aponta o oncologista Nelson Teich como substituto de Mandetta.

Quem também menciona o nome de Teich como novo ministro é a britânica Reuters. Segundo a agência de notícias, o nome do oncologista carioca foi indicado pelo próprio presidente, de quem é próximo desde a campanha presidencial de 2018.

 

"Teich [...] publicou em suas redes sociais afirmações em defesa de muitas posições iguais às de Mandetta, incluindo isolamento 'horizontal' de toda a população, à qual Bolsonaro se opõe", afirma a Reuters

Para a norte-americana Bloomberg, a mudança "vem em um momento crítico para o Brasil, na medida em que as mortes por coronavírus aumentam e especialistas afirmam que o pico chegará nas próximas semanas".

 

"A medida pode gerar mais críticas a Bolsonaro, acusado de responder de forma devagar e errática à pandemia, que já matou mais de 1,7 mil pessoas até agora no Brasil", destaca a Bloomberg.

Por sua vez, o jornal chileno La Tercera afirma que a demissão de Mandetta aconteceu em uma reunião entre o ex-ministro e o presidente realizada na tarde desta quinta-feira.

O português Publico destaca que a demissão colocou fim "a semanas de confronto com o chefe de Estado, em plena progressão da pandemia".

Já a agência alemã Deutsche Welle lembra que Bolsonaro "vinha se irritando com o protagonismo do ministro da Saúde e sabotando suas orientações para conter o avanço do novo coronavírus".

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