Indígena é preso após sumiço de amigo em mata fechada de Luciara; polícia suspeita de homicídio
Por Redação do JREPÓRTER
O desaparecimento de Pedro Sousa Matos, de 35 anos, ocorrido no último domingo, 18 de maio de 2025, em uma região de mata no município de Luciara - MT, no nordeste de Mato Grosso, mobiliza intensas buscas e investigações por parte das forças de segurança. O caso ganhou ampla repercussão após o amigo que o acompanhava, o indígena Manoel Iny Karajá, apresentar versões contraditórias sobre os fatos.
Segundo informações apuradas, Pedro saiu de casa por volta das 7h da manhã, com destino à Lagoa dos Patos, uma área de mata fechada, de difícil acesso e considerada perigosa pela comunidade local. Ele estava acompanhado de Manoel Iny Karajá, indígena da etnia Karajá, com quem se dirigia a uma localidade situada a cerca de 50 km do centro de Luciara.
Sem conseguir contato com Pedro por mais de 33 horas, familiares, entre eles sua mãe, D. D. S. M., e sua tia, E. R. M., procuraram imediatamente a Polícia Civil para registrar o desaparecimento. O que mais chamou a atenção das autoridades foram as versões contraditórias apresentadas por Manoel sobre o que teria ocorrido, o que gerou dúvidas significativas sobre a real dinâmica do desaparecimento.
Em um primeiro depoimento, Manoel afirmou que, durante o trajeto, o pneu da motocicleta em que ambos estavam furou, e, por isso, ele seguiu a pé, enquanto Pedro permaneceu conduzindo o veículo lentamente. Disse ainda que chegou sozinho à fazenda conhecida como Capitão João, onde ficou esperando, mas Pedro nunca apareceu. Segundo Manoel, ao perceber o desaparecimento do amigo, retornou pelo mesmo caminho na tentativa de encontrá-lo, sem sucesso.
Entretanto, em uma segunda versão apresentada posteriormente, Manoel relatou que ambos chegaram juntos à mesma fazenda, que naquele momento se encontrava desabitada. De acordo com ele, decidiu seguir sozinho até a margem do rio, de onde partiu de balsa rumo à Lagoa dos Patos, deixando Pedro na fazenda.
As informações conflitantes levantaram suspeitas, motivando a Polícia Civil de São Félix do Araguaia a instaurar procedimento investigativo sob a coordenação do Delegado Ivan Albuquerque. "As inúmeras contradições apresentadas pelo suspeito foram determinantes para o pedido de prisão preventiva", destacou o delegado.
O indígena Manoel Iny Karajá foi preso preventivamente por suspeita de envolvimento no desaparecimento de Pedro. A prisão ocorreu após ação conjunta da Polícia Judiciária Civil de São Félix do Araguaia. De acordo com o Delegado Ivan Albuquerque, Manoel apresentou-se à delegacia acompanhado de um intérprete, alegando não falar com clareza a língua portuguesa, o que aumentou ainda mais as suspeitas, uma vez que há áudios anexados aos autos da investigação nos quais ele se comunica de forma clara e natural em português.
"A princípio, as investigações apontam para um possível crime de homicídio, mas todas as hipóteses estão sendo consideradas", afirmou o delegado. Manoel passará por audiência de custódia, que definirá os próximos passos da Justiça em relação à sua prisão.
Desde o início da semana, equipes formadas por bombeiros, policiais militares e populares realizam intensas buscas na região da Fazenda Capitão João e nos arredores da Lagoa dos Patos, onde Pedro teria desaparecido. A área é conhecida por ser isolada, de difícil acesso e cercada por mata fechada.
A mãe de Pedro, D. D. S. M., prestou depoimento à polícia e relatou que o filho não possui problemas de saúde mental ou física, exceto por uma deficiência na fala. “A região para onde ele foi é isolada, de difícil acesso e considerada perigosa. Estamos muito preocupados”, declarou, emocionada.
Ela também revelou que, ao não conseguir contato com Pedro, acionou Manoel por meio de aplicativo de mensagens. Foi nesse momento que o suspeito apresentou as duas versões conflitantes, aumentando a angústia da família e contribuindo para o avanço das investigações.
O trabalho de apuração segue sob responsabilidade da Polícia Civil de São Félix do Araguaia, com apoio das forças de segurança da região. As buscas prosseguem intensamente, com a participação de bombeiros, policiais militares e populares, que enfrentam as dificuldades impostas pelo terreno acidentado e pela vegetação densa.
A Justiça de São Félix do Araguaia acatou o pedido de prisão preventiva feito pelo Delegado Ivan Albuquerque, mantendo o indígena Manoel Iny Karajá como suspeito no desaparecimento de Pedro Sousa Matos. Segundo o delegado, a medida foi necessária diante das contradições e das inúmeras versões apresentadas pelo suspeito, além da tentativa de desviar o foco das investigações ao alegar que não fala a língua portuguesa.
Até o momento, Pedro permanece desaparecido, e as buscas continuam concentradas na vasta região de mata conhecida como Lagoa dos Patos.
As autoridades reforçam o pedido para que qualquer informação que possa ajudar na localização de Pedro seja repassada diretamente à Polícia Civil de Luciara ou à Polícia Civil de São Félix do Araguaia.
A redação reforça que toda a apuração está sendo conduzida com máxima responsabilidade, respeito às partes envolvidas e observância aos princípios éticos do jornalismo, evitando qualquer forma de prejulgamento ou exposição indevida.
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