Cabo fala até em "entes queridos"
POR: FOLHAMAX
Num termo encaminhado à Justiça, o cabo da PM Gérson torna mais explosivo o caso Grampolândia Pantaneira ao acusar membros do MPE-MT de uso indevido e desvio de finalidade de uma "verba secreta" destinada a investigações. Uma das peças principais da engrenagem do esquema de interceptações telefônicas ilegais no Governo Taques (PSDB), o militar foi mais além: disse que houve casos em que o dinheiro foi "apropriado fraudulentamente", em 2015.
Conforme o cabo, o suposto esquema de desvio do dinheiro teria ocorrido com a conivência do então coordenador do Gaeco, o promotor Marco Aurélio de Castro. O órgão ganhou fama pelo sucesso em operações contra o crime organizado.
Gérson teve pedido de delação premiada negado pelo MPE. Para a defesa do cabo, a negativa ocorreu a partir do momento em que o órgão “soube que havia ‘entes queridos’ delatados pelo militar e não quis cortar a própria carne”.